sexta-feira, 28 de junho de 2013

BREJO DAS ALMAS – GESTÕES E ANALOGIAS




*Enoque Alves Rodrigues

Próximo a completar trezentos e nove anos de sua fundação, Francisco Sá, ou Brejo das Almas, um dos oitenta e seis Municípios do Estado das Alterosas a fazer parte do Polígono da Seca, passa atualmente por um verdadeiro “choque de gestão”. O Executivo que assumiu os destinos do Município no dia 01/01/2013, segundo informam-me fontes imparciais e fidedignas, está transformando a Cidade e seu entorno, num imenso “Canteiro de Obras”. A continuar nesse ritmo (e tudo indica que os homens de boa vontade, incluindo os Nobres Vereadores que compõem o Legislativo Municipal, não recuarão), quando chegarmos ao fim deste mandato em 2016, bradaremos, orgulhosamente, aos quatro cantos do Brasil a nossa felicidade de sermos Brejeiros. Particularmente, sempre fui um eterno otimista no que se refere á divulgação do que há de bom na terra mãe que me serviu de berço. Mas sempre ressaltei também, ter ciência das mazelas primárias vivenciadas pelos meus conterrâneos locais assim como, quando se fez necessário, “desci o pau” em quem de direito.

Francisco Sá, Brejo das Almas, ou ainda “Beldade do Norte de Minas” como carinhosamente a chamo, em dias atuais pode se considerar Altaneira pela administração que tem. Confiante, caminha a passos largos rumo ao progresso, com fôlego de camelo no deserto. É impossível não atingir metas, consideradas inalcançáveis e utópicas, pelas gestões pífias e inexpressivas que antecederam a atual, que muitos danos causaram ao erário.

Dirão alguns, esse velho está ficando caduco. Como pode exprimir comentários tão positivos a uma administração que mal acaba de começar? Que conhecimento e autoridade tem esse sujeito, que sempre viveu fora do Brejo para falar isso agora?

Pois é...

É exatamente por ter passado quarenta e dois anos de minha vida fora do Brejo, por conhecer vários Países e incontáveis localidades mundo afora é que tenho as prerrogativas que me creditam, sem falsa modéstia, parâmetros comparativos. Ou você é daqueles que compara sem parâmetro? Para se valorizar o Céu é necessário que você antes tenha estado no inferno.

Apaixonado por minha terra, mas cauteloso às interpretações dos que me leem jamais proferi alusões que não fossem fundamentadas em fatos. Provas inquestionáveis disto estão nas parcas e comedidas referências aos bons Prefeitos que passaram pelo Brejo e que nele deixaram suas marcas indeléveis. Se você, brejeiro ou não, pegar as duas mil crônicas que escrevi até hoje sobre Francisco Sá, ou Brejo das Almas, encontrará apenas doze referências positivas de administrações passadas bem sucedidas onde o chefe do Executivo Municipal absteve-se de interesses pessoais em prol dos interesses da Cidade e de seus Cidadãos. Quando isso ocorre, as realizações aparecem. Saltam aos olhos. É o que se vê agora.

Mas nem é preciso ser brejeiro para se apaixonar pelo Brejo. Temos vários exemplos. Um deles são o Jornalista e Poeta, Mário Casassanta, nascido em 1898, em Camanducaia, MG, que tão bem soube descrever as belezas de nossa terra em sua famosa crônica de 1933.

                Falando no início da década de 1930, feliz, refiro-me, mais uma vez, a incomparável, mas que seguramente será superada pela administração atual, que foi a gestão do grande Médico Prefeito o Doutor Paulo Cerqueira Rodrigues Pereira, que desde o início de sua administração frente à Prefeitura Brejalmina, em Março de 1931 até o final dela, promoveu uma real revolução visual na Cidadezinha, principalmente no que tange a sua topografia, realizando inúmeros nivelamentos que compreendiam demolições, escavações e terraplenagem de suas ruas e praças.

                Diante dessas doces reminiscências que não vivi, pergunto: com quais medidas mensuraríamos a eficiência, dedicação, lisura, devoção e desapego a qualquer resquício de interesse pessoal em pleno exercício de suas atividades na condução dos destinos do Brejo das Almas, de um Prefeito do quilate do Doutor Arthur Jardim de Castro Gomes?  Ele amava tanto a nossa terra que foi capaz de descrever fielmente toda a sua beleza. Qual Salomão, no auge de sua sabedoria, o Doutor Arthur Jardim dissertou em seu Relatório-Manografia, a titulo de prestação de contas no final de sua bem-sucedida gestão, desde a espécie e grupo familiar de um simples pássaro Sofrê, á cultura, agricultura, pecuária, rios, córregos e serras, altitudes, longitudes, flores e frutos, etc., até a variedade de matas densas, serrados, Catanduvas e vegetações rasteiras que cobrem nosso rincão paraíso. http://enoquerodrigues-earodrigues.blogspot.com.br/2012/06/francisco-sa-mg-riquezas-naturais-i.html

                Por consequência natural sou instado a somar a estes relevantes exemplos de administrações ilibadas que deram certo e que tiveram à sua frente, não menos exemplares homens públicos, aliás, hoje em dia, desgraçadamente, uma espécie em extinção, quando vemos em sua grande maioria, lobos travestidos de cordeiros se locupletando e se deixando locupletar das benesses do Estado, em detrimento dos menos favorecidos, que ainda os aplaudem, por que não me lembrar, também, como exemplos a serem seguidos, ainda sem sair do meu quadrado brejeiro de 2.759,393 quilômetros, dos nossos antepassados, íntegros em suas respectivas honras, honestidades e vontades de fazer e realizar, de um Feliciano Oliveira, Enéas Mineiro, Eurico Penna e mais uma meia dúzia (em cujo rol, dada a sua magnitude não incluo o incomparável Jacinto) e por motivos óbvios, ao contrário, não posso inserir, evidentemente, gestão finda em 31/12/12 e outras igualmente nefastas.

                Deixando a profundidade de lado, como diria Belchior, Cruz das Almas das Caatingas do Rio Verde, sua primeira denominação em 1704, ou Francisco Sá, hoje se encontra em mãos do preparado Denilson Silveira, a quem não conheço pessoalmente, mas apenas, e isto me basta, a robusta biografia de homem simples e impoluto, comprometido com as causas brejeiras, engajado aos clamores de todas as classes sociais, moldado na essência do puro e tórrido barro do brejo, cujos ideais, formação, caráter, princípios, honestidade, aspirações, anseios e transparências, se fundem aos da própria terra.  Assessorado por uma “plêiade” da melhor estirpe de destemidos e probos homens públicos do naipe de um Doutor Charles Luis, entre outros, desprovidos de quaisquer vaidades pessoais, mas, motivados pelo prazer de oferecer a Cidade o seu melhor, aos poucos estão dando cara nova ao velho Brejo.

Cabe a você, morador local acreditar e colaborar no que lhe for possível a fim de que no futuro você possa bater no peito e gritar “participei da gestão que deu ao Brejo o lugar de destaque que ele merece!”.

Quanto a mim, enquanto vivo for, seguirei fazendo minha parte.

 É...

Por vezes, é melhor arregaçar as mangas e somar esforços para dividir o bolo do sucesso, do que ficar de lado, torcendo contra, para ser engolido pela lombriga do fracasso.

E tenho dito.

*O autor nasceu em Francisco Sá, Brejo das Almas.

Leiam essa crônica também em outros sites e mídias.

terça-feira, 25 de junho de 2013

1000 PALAVRAS – COMENTANDO OS CINCO PACTOS DA DILMA




*Enoque Alves Rodrigues

Tardiamente, mas sempre oportuna, nossa presidente Dilma Rousseff, PT, nos trouxe, em cadeia de rádio e TV., um elenco de medidas com o titulo “Cinco Pactos em Favor do Brasil”.

Em que pese reconhecer os esforços tardios, repito, que Sua Excelência tem desprendido desde que as vozes das ruas romperam a frieza do mármore duro do Planalto, ecoando-se de maneira estrondosa aos seus ouvidos, somos instados a admitir que quase todos os cinco pactos de intenções, vamos classifica-los assim, desprovidos, em sua grande maioria, de condições exequíveis, inclusive por ferir a Constituição
Federal, foram pensados, ou melhor, chutados, no calor dos acontecimentos apenas e tão somente a fim de dar uma esfriada nos clamores das ruas. Um sossega leão.

Não é preciso ser político como é o meu caso, pois sou apenas um Cidadão Brasileiro, trabalhador, preocupado hoje muito mais com o futuro dos nossos jovens que com o meu próprio, ou “expert” no assunto para detectar a ausência de conteúdo ou possibilidades exequíveis destes cinco pactos, em cujo bojo, pouco ou quase nada há que se possa aproveitar ou colocar em prática em favor do Brasil como se propõe. Aliás, muito do que lá está já foi proposto e sequer saiu do papel. Quer ver?


1.       Reforma Política


   a) Seria feita através da convocação de plebiscito onde se realizaria uma assembleia nacional constituinte na qual se alteraria a lei atual onde se enquadraria como hediondos os crimes de corrupção ativa e passiva, assim como suas penalidades, além de outras providências como ampliação da Lei atual de acesso à informação pública, etc.

b) Essa proposta já foi apresentada antes pelo presidente Luiz Inácio e sequer saiu do papel. Por quê?

c)  É Inconstitucional: Os Ministros do STF são unânimes em afirmar que a única forma de se mudar a Constituição, ou seja, para referendar isso, segundo o artigo 60 da mesma seria através de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) lá no congresso que a principio é contra. Não passaria. É uma proposta no mínimo contraditória.


2.       Saúde Pública


a)  Acelerar os investimentos em saúde pública que está falida, com aparelhamentos necessários e indispensáveis ás Unidades Básicas de Saúde, como equipamentos operativos, e a contratação de médicos que seriam recrutados no exterior para atenderem no SUS.

b)  Em termos monetários já existe investimento suficiente nesta área. Basta vontade política e vergonha na cara para por pra funcionar.

c)  Quanto a importar médicos do exterior, temos que lembrar que além de ser uma medida que muitos conflitos causarão junto à classe médica Brasileira, cujos doutores, hoje pouco ou quase nenhum atrativo tem para trabalhar para o governo, ainda se trata de uma proposta antiga cujos obstáculos ou entraves que ainda não permitiram ao governo pô-la em prática desconhecemos.


3.       Transporte Público


a)  Estopim que deflagrou a onda de manifestações que ganharam as ruas, por incrível que possa parecer dos cinco pactos sugeridos por nossa presidente, esse parece ser o mais viável ou pelo menos demonstra ser de execução mais favorável, ou melhor, mais prática e amigável.

b)  As desonerações de PIS/COFINS e outros tributos de menor monta já estão sendo praticados por Dilma em outros setores da economia. É fácil estender também aos transportes públicos, assim como é de salutar importância o investimento proposto de R$ 50 bilhões em mobilidade urbana.

c)  Fecho esse tópico com a criação do Conselho Nacional do Transporte Público que serviria, inclusive para fiscalizar o direcionamento dos investimentos, condições operacionais, assim como ações preventivas que evitem que o sistema entre em colapso ou deficiências. Nada disso é impossível.


4.       Educação


a)  Soa meio que mirabolante a proposta de investir 100% dos royalties arrecadados do pré-sal quando sabemos que não obstante tal proposta tramitar no Congresso Nacional há tanto tempo, devido a forte oposição dos governadores dos estados produtores do pré-sal até hoje essa proposta não deu qualquer passo que nos permita acreditar em sua eficácia. Há muitas contradições em torno dela sendo a maior que os governadores gulosos e egoístas não querem dividir o quinhão como se esperaria de um regime democrático. Os estados produtores não querem repartir o pão do pré-sal. Eles são foda mesmo. Farinha pouca, meu pirão primeiro. Só que a farinha é muita, mais mesmo assim eles não querem dividir. Fazer o que?  Patriotismo passou longe deles.


5.       Responsabilidade Fiscal


a)  Deixei esse tópico para comentar por último devido a sua peculiar complexidade e incongruências uma vez que sua execução requer ações muito mais concretas dos Governos que não meras falácias. Controlar os gastos públicos para estabilizar a economia é um conto da carochinha que escutamos desde os saudosos tempos de nossas bisavós.

b)  Lembramos que os Governos Federal, Estadual e Municipal, em tese, já adotam medidas com estas finalidades que, no entanto, até aqui, resultaram-se terrivelmente infrutíferas. No entanto há dois fatores positivos nesta história, quer seja,

c)  Quando a presidente afirma como sendo seu compromisso principal de forma irrevogável e irretratável despender esforços fiscais que equivaleriam a aproximadamente 2,3% do nosso PIB. Seria sim, um esforço estrondoso, mas não impossível.

d)  Entretanto, meus caros irmãos Brasileiros, o que mais me deixou otimista e esperançoso ao debruçar-me, atentamente, sobre esse ultimo item do “pacto em favor do Brasil” proposto por nossa presidente, foi ali onde ela diz estar tomando essas medidas para “conter a inflação”. Ora, para quem á duas semanas nos fazia de tontos quando insistentemente afirmava alto e bom som “que não tínhamos inflação” e que a inflação jamais voltaria a rondar ás gôndolas Brasileiras, admitir agora que “temos inflação” já é um grande progresso. Sim, por que quando ela utiliza o verbo “conter” admite, pois não é necessário ser nenhum “Aurelista” para entender, que conter é o mesmo que deter exemplo, eu vou conter ou deter ou ainda parar a caminhada do burro. Visto que Só se detém ou para aquilo que está em movimento.


E viva o Brasil!


*O autor é Brasileiro, apartidário, jamais se meteu em política e trabalha há 42 anos na iniciativa privada em Engenharia Petrolífera Pesada.

sábado, 22 de junho de 2013

MUDA BRASIL... PT PROVA DO PRÓPRIO VENENO



MUDA BRASIL...

*Enoque Alves Rodrigues

É o PT, dona Dilma e Companhia bebendo do próprio veneno...

Não vamos imita-los, meu povo. Sejamos ordeiros e civilizados. Eles assaltavam, sequestravam e promoviam as maiores badernas. Tive a infelicidade de viver aquele período.
Foi um caos. O resultado disso foi à dor amarga de uma ditadura desgraçada que em represália àqueles revolucionários sem causa e cara, descia o pau em todo mundo, tendo ai muitos Cidadãos honestos, trabalhadores e decentes sofrido as piores torturas. A jovem Dilma, entre seus companheiros “ganchudos”, não obstante ser mulher franzina, era a mais exaltada. Partia pro pau mesmo. Por isso foi a que mais sofreu. Ela por diversas vezes foi pega. Ela, ao contrário de seus companheiros que para fugir, se vestia de mulher, assumia as “tretas” e acabava sozinha “pagando o pato”. Há registros que nos cortam hoje o coração quando chegou a ter deslocada sua arcada dentária de tanto que apanhou. Ela sabe o que é militância e é possível que ontem ao vir a publico em sua primeira manifestação depois do inicio das turbulências sociais, esteja realmente falando a verdade. Vamos dar a ela um crédito e o tempo solicitado para promover as reformas e mudanças que o Pais necessita. Não baixemos, no entanto, nossa Bandeira de “Ordem e Progresso”. E como dizia um certo Luiz Inácio nos tempos das greves do ABC, lá na Vila Euclides: “A LUTA CONTINUA, COMPANHEIROS...”

O recado já foi dado. Eles saberão que ao contrário do que pensavam, o Brasil não está deitado eternamente em berço esplêndido, não... Nunca... Jamais. E se nos erguerem a “clava forte” verão que não fugiremos à luta. O Brasil não é do PT. O Brasil não é dos políticos que pensam poder escarnecer de todos nós, fazendo e desfazendo em nosso nome. O Brasil não pertence e isso ficou muito claro, a nenhum partido político. O Brasil é das Ruas. O Brasil é nosso que trabalhamos a cada dia para torna-lo melhor para nós e a posteridade. Com 60 anos trabalho desde criança. Ainda hoje me levanto todos os dias ás 04h30min da manhã para ralar.

Atenção... Cuidado com a PEC37... Procurem se informar mais sobre ela. Caso aprovada seria o mesmo que deixar que ladrão julgue ladrão.

VIVA O BRASIL!

*O autor é Brasileiro, apartidário e trabalha há 42 anos em Engenharia Pesada.