Brejo das Almas – Lindo e Limpo!
*Enoque Alves Rodrigues
Recentemente, ou precisamente,
anteontem, 20/04/2014, minha filha Letícia esteve de passeio por Francisco Sá,
nosso querido Brejo das Almas. Acompanhavam-lhe os nossos familiares de Montes
Claros e Capitão Enéas. Conhecedora do meu amor e devoção pelo Brejo, eufórica,
toda feliz, ligou-me, de lá, a fim de me informar á respeito das novidades da
Terra querida “que me viu nascer.”. Ao seu retorno á São Paulo, ratificou,
detalhadamente, todas as belezas que presenciou. Devido não ser esta a primeira
vez em que ela visita o Brejo, por que lá já esteve comigo em outras ocasiões,
quando nos deparamos com um Brejo das Almas esquecido pela gestão anterior, em
pandarecos, pois a impressão que tivemos era de uma Pompéia pós Vesúvio cujas
erupções a transformara em ruinas, com ruas e praças esburacadas e imundas
tomadas pelo lixo, com sujeiras por todos os lados, prédios de autarquias municipais
caindo aos pedaços, esmoleres abandonados ao léu como se farrapos humanos fossem
etc., possui todas as qualidades para tecer, com isenção, comparativas entre o antes
e o depois que é o momento atual.
Pois é, Brejeiros.
Primeiramente
quero ressaltar, que é possível que alguns de vocês que vivem e respiram cotidianamente
os ares desta nossa Cidade não tenham percebido o quanto ela mudou para melhor.
É próprio de alguns seres humanos que o condicionamento ao qual estamos afetos
e inseridos em determinado contexto da vida nos tornem ás vezes insensíveis a
certas mudanças que ocorrem ao nosso redor, por mais significativas e radicais
que elas sejam, quer positivas ou negativamente. Aliás, principalmente, se elas
forem positivas, por que a maioria de nós está predisposta, queiramos ou não, a
ver somente o lado negativo das coisas a fim de poder justificar nossas
críticas, muitas vezes, ou quiçá, quase sempre, destrutivas embasadas que estão
em nosso próprio egoísmo e fraqueza. Costumo dizer que não há crítica
destrutiva. Que toda crítica é construtiva. Mas, toda vez que insistimos em não
querer ver, ouvir e sentir o lado positivo das coisas e pessoas, não obstante as
evidências que as compõem e fundamentam saltarem-se à nossa frente, todas e
quaisquer críticas tornam-se destrutivas e o que é pior, entorpecem, em
definitivo, a mente e os olhos, qual cegueira, privando-nos de visualizar, com
todo prazer, o lado bom da vida.
E o que viu
Letícia no Brejo das Almas desta vez? Lembrando que ela não esteve só no
Centro. Visitou também alguns bairros.
Pois não. Vou sintetizar.
Pois não. Vou sintetizar.
Viu, entusiasmada,
um Brejo das Almas muito mais bonito e hospitaleiro que chega a convidar o
forasteiro à nele permanecer, por, pelo menos, uma noite. Uma Cidade atrativa de visual novo, com gente
ordeira, bonita e saudável a transitar por suas ruas e praças, limpas e
arborizadas. Lixeiras colocadas estrategicamente onde o Brejeiro
civilizadamente deposita o seu lixo. Prédios reformados ou em obras. Localidades
antes íngremes e esburacadas passaram por terraplenagem e asfalto. Ao longe, no
alto, iluminado, o Cristo Redentor Brejeiro, com os seus braços abertos
saudando a todas as almas encarnadas ou desencarnadas que chegam ou passam belo
Brejo. E o mirante com sua visão de trezentos e sessenta graus de onde a Cidade
pode ser observada? Que maravilha. Que colosso. Como o meu Brejo das Almas que
tantas inspirações me trazem está se modificando. As afirmações de Letícia,
minha filha, evidenciadas por uma infinidade de fotos e vídeos feitos,
orgulhosa e exclusivamente para o paizão Brejeiro aqui, não deixam dúvidas: o
choque de gestão sobre o qual este profeta “de
araque” que vos fala havia vaticinado há algum tempo, quando disse que o
Brejo das Almas ou Francisco Sá, passaria por grandes modificações, está se
cumprindo. Os homens de boa vontade, entre uma dificuldade e outra, estão á
postos, trabalhando por uma Cidade cada vez melhor. Talvez, quem sabe, o que
outrora nos parecia inatingível ou utópico não esteja tão longe assim. Mesmo com os inúmeros obstáculos e “lombadas” de ultima hora, colocadas,
propositadamente, sem prévio aviso, por gestões passadas, no meio do caminho, a Cidade que todos nós ansiosamente
queremos e merecemos está surgindo diante dos nossos olhos de ver.
Basta seguirmos
acreditando e, se possível, colaborando, substancialmente, com aquilo que esteja
ao nosso alcance. Na impossibilidade de contribuir, que, pelo menos, fechemos
os nossos olhos de ver e ouvidos de ouvir, às críticas destrutivas de alguns
adeptos do quanto pior, melhor. Daqueles que pouco ou nada produzem além de
palavras de pessimismo a guisa de ponto de vista fundamentado em suas próprias
derrotas, misérias e investidas infrutíferas. Ou melhor, dizendo, daqueles que
querem mais é que o mundo se acabe em barranco para morrerem encostados.
Muito em breve, pessoalmente,
os meus olhinhos castanhos estarão conferindo, alegremente, estas mudanças,
caminhando que estarei, anonimamente, por estas ruas e praças, no meio do meu
povo Brejeiro.
É...
Por vezes, ou
quase sempre, é quando fechamos os olhos para as pequenas ou grandes realizações
da vida, é que morremos para os homens, para o mundo e para Deus.
Ou eu estou
errado!
E tenho dito.