quarta-feira, 23 de abril de 2014

BREJO DAS ALMAS - LINDO E LIMPO


Brejo das Almas – Lindo e Limpo!
*Enoque Alves Rodrigues
 
Recentemente, ou precisamente, anteontem, 20/04/2014, minha filha Letícia esteve de passeio por Francisco Sá, nosso querido Brejo das Almas. Acompanhavam-lhe os nossos familiares de Montes Claros e Capitão Enéas. Conhecedora do meu amor e devoção pelo Brejo, eufórica, toda feliz, ligou-me, de lá, a fim de me informar á respeito das novidades da Terra querida “que me viu nascer.”.  Ao seu retorno á São Paulo, ratificou, detalhadamente, todas as belezas que presenciou. Devido não ser esta a primeira vez em que ela visita o Brejo, por que lá já esteve comigo em outras ocasiões, quando nos deparamos com um Brejo das Almas esquecido pela gestão anterior, em pandarecos, pois a impressão que tivemos era de uma Pompéia pós Vesúvio cujas erupções a transformara em ruinas, com ruas e praças esburacadas e imundas tomadas pelo lixo, com sujeiras por todos os lados, prédios de autarquias municipais caindo aos pedaços, esmoleres abandonados ao léu como se farrapos humanos fossem etc., possui todas as qualidades para tecer, com isenção, comparativas entre o antes e o depois que é o momento atual.
 
Pois é, Brejeiros.
Primeiramente quero ressaltar, que é possível que alguns de vocês que vivem e respiram cotidianamente os ares desta nossa Cidade não tenham percebido o quanto ela mudou para melhor. É próprio de alguns seres humanos que o condicionamento ao qual estamos afetos e inseridos em determinado contexto da vida nos tornem ás vezes insensíveis a certas mudanças que ocorrem ao nosso redor, por mais significativas e radicais que elas sejam, quer positivas ou negativamente. Aliás, principalmente, se elas forem positivas, por que a maioria de nós está predisposta, queiramos ou não, a ver somente o lado negativo das coisas a fim de poder justificar nossas críticas, muitas vezes, ou quiçá, quase sempre, destrutivas embasadas que estão em nosso próprio egoísmo e fraqueza. Costumo dizer que não há crítica destrutiva. Que toda crítica é construtiva. Mas, toda vez que insistimos em não querer ver, ouvir e sentir o lado positivo das coisas e pessoas, não obstante as evidências que as compõem e fundamentam saltarem-se à nossa frente, todas e quaisquer críticas tornam-se destrutivas e o que é pior, entorpecem, em definitivo, a mente e os olhos, qual cegueira, privando-nos de visualizar, com todo prazer, o lado bom da vida.
 
E o que viu Letícia no Brejo das Almas desta vez? Lembrando que ela não esteve só no Centro. Visitou também alguns bairros.

Pois não. Vou sintetizar.
Viu, entusiasmada, um Brejo das Almas muito mais bonito e hospitaleiro que chega a convidar o forasteiro à nele permanecer, por, pelo menos, uma noite.  Uma Cidade atrativa de visual novo, com gente ordeira, bonita e saudável a transitar por suas ruas e praças, limpas e arborizadas. Lixeiras colocadas estrategicamente onde o Brejeiro civilizadamente deposita o seu lixo. Prédios reformados ou em obras. Localidades antes íngremes e esburacadas passaram por terraplenagem e asfalto. Ao longe, no alto, iluminado, o Cristo Redentor Brejeiro, com os seus braços abertos saudando a todas as almas encarnadas ou desencarnadas que chegam ou passam belo Brejo. E o mirante com sua visão de trezentos e sessenta graus de onde a Cidade pode ser observada? Que maravilha. Que colosso. Como o meu Brejo das Almas que tantas inspirações me trazem está se modificando. As afirmações de Letícia, minha filha, evidenciadas por uma infinidade de fotos e vídeos feitos, orgulhosa e exclusivamente para o paizão Brejeiro aqui, não deixam dúvidas: o choque de gestão sobre o qual este profeta “de araque” que vos fala havia vaticinado há algum tempo, quando disse que o Brejo das Almas ou Francisco Sá, passaria por grandes modificações, está se cumprindo. Os homens de boa vontade, entre uma dificuldade e outra, estão á postos, trabalhando por uma Cidade cada vez melhor. Talvez, quem sabe, o que outrora nos parecia inatingível ou utópico não esteja tão longe assim. Mesmo com os inúmeros obstáculos e “lombadas” de ultima hora, colocadas, propositadamente, sem prévio aviso, por gestões passadas, no meio do caminho, a Cidade que todos nós ansiosamente queremos e merecemos está surgindo diante dos nossos olhos de ver.
 
Basta seguirmos acreditando e, se possível, colaborando, substancialmente, com aquilo que esteja ao nosso alcance. Na impossibilidade de contribuir, que, pelo menos, fechemos os nossos olhos de ver e ouvidos de ouvir, às críticas destrutivas de alguns adeptos do quanto pior, melhor. Daqueles que pouco ou nada produzem além de palavras de pessimismo a guisa de ponto de vista fundamentado em suas próprias derrotas, misérias e investidas infrutíferas. Ou melhor, dizendo, daqueles que querem mais é que o mundo se acabe em barranco para morrerem encostados.
Muito em breve, pessoalmente, os meus olhinhos castanhos estarão conferindo, alegremente, estas mudanças, caminhando que estarei, anonimamente, por estas ruas e praças, no meio do meu povo Brejeiro.
 
É...
Por vezes, ou quase sempre, é quando fechamos os olhos para as pequenas ou grandes realizações da vida, é que morremos para os homens, para o mundo e para Deus.
 
Ou eu estou errado!
E tenho dito.
 
*Enoque Alves Rodrigues, nasceu no Brejo das Almas.
 

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