CARTA AO POVO
BRASILEIRO – UMA SEMANA PARA VOCÊ REFLETIR
*Enoque Alves
Rodrigues
Apenas uma semana nos separa do grande pleito eleitoral onde teremos a
oportunidade de escolher, livre e espontaneamente, quem irá presidir o nosso
Brasil durante os próximos quatro anos.
Estaremos, no próximo domingo, 26/10/2014, assinando uma procuração, entregando-a
a quem caberá zelar pela nossa soberania e estabilidade socioeconômica. Ninguém
sai por aí contratando seu defensor sem antes ter tido o cuidado de
conhecer-lhe, de antemão, em que apito toca.
Assim sendo, é muito importante que antes façamos algumas reflexões, por
pequenas que sejam mergulhando-nos ao fundo de nossa consciência para que,
desnudados de todo e qualquer fanatismo ou hipocrisia possamos exercer,
responsável e tranquilamente, o sagrado direito de escolha. É próprio das
democracias desenvolvidas ou em desenvolvimento como a nossa, o respeito ás
individualidades de cada um desde que assumam suas próprias consequências e não
ponham em riscos os interesses da maioria.
No entanto, quando falamos de uma eleição onde se disputam o cargo máximo
do Brasil, pródiga em ataques pessoais e paupérrima em propostas de governo por
que a candidata da situação em seu desespero da derrota iminente insiste nesta
conduta a fim de nos ludibriar como se tontos fôssemos, é de salutar
importância alertar para os danos irreversíveis que apenas um voto, de um só
eleitor, poderá causar a toda uma coletividade. É por isso que necessário se
faz refletirmos para não darmos um passo em falso e ai, meu nego, não tem mais
jeito a não ser chorar na pia por mais quatro longos anos de tristeza,
desilusão, muito trabalho e pouco feijão na panela.
Como sabemos que a vida é feita de comparações e que não há como se fazer
isso sem dois pontos de referências, quero aqui, a guisa de colaboração
modesta, tecer-lhes alguns comentários, para, quem sabe, te ajudar no grande
momento do voto. Mesmo que você não faça parte dos 6% de indecisos que ainda
restam, ou mesmo que você já tenha escolhido o seu candidato, esta reflexão lhe
será útil.
Sempre militei na iniciativa privada, no campo da engenharia. Jamais
havia tido, até o ano de 1980 qualquer envolvimento com temas políticos, quando
um jovem de barbas, com língua curta, que ainda falava “menas” ao invés de
“menos”, que tinha o poder de arregimentar exércitos de trabalhadores em torno
de suas ideias utópicas, não obstante não ter ele qualquer identificação com
essa categoria por que jamais trabalhou duro na vida, paralisava o Brasil
ditatorial com greves intermináveis. Bafejado pelos desejos de mudanças
entranhados nos recônditos de todo e qualquer jovem, deixei-me levar,
propositadamente, - pois eu sempre soube o momento certo de entrar e sair - e
quando menos esperava lá estava eu em meu descanso semanal remunerado
(domingo), no estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, debaixo de
uma tenda, onde vendia, sem auferir-me de um centavo sequer, os livros do Lula
enquanto o próprio juntamente com os seus mais próximos discursava para uma
plateia inflamada e sedenta de um futuro melhor. Ali nascia o PT ao qual jamais
me filiei por que como eu disse sempre soube quando entrar e sair. Um ano de
convivência e observação me foi suficiente para prever no que ia dar tudo
aquilo.
Desnecessário seria me alongar nos quesitos desmandos, corrupções,
autoritarismos, insolências, nepotismos, enriquecimentos ilícitos inclusive do
jovem barbudo, arrogância e empáfia em detrimento da classe trabalhadora e dos
menos favorecidos em nome dos quais eles, do PT tanto falam até hoje. Aliás, como
trabalhador incansável que sou, tenho vergonha de saber que este partido, em
cuja guarida, respira o que há de mais condenável e nefasto na politica
brasileira, ostente em seu frontispício a denominação “trabalhadores”.
Dilma, não obstante sua história de perseguida da ditadura teve nestes
quatro anos, sua grande oportunidade de fazer um governo com politicas
realmente consistentes e voltadas para as resoluções dos problemas que afetam o
Brasil. Mas para isto ela teria de ter se dissociado de seu criador. No
entanto, como boa petista, preferiu o caminho mais simples da zona de conforto
junto aos seus companheiros mesmo sabendo estar contrariando a vontade da
maioria dos cidadãos de bem e até mesmo diante do recado que lhe foi dado
diretamente pelo eco das ruas em Junho-2013, manteve-se acomodada, confiante
numa blindagem de araque de seu padrinho (que já não tem mais tanta bala na
agulha assim), que lhe garantiria a vitória folgada nestas eleições que, se
Deus quiser, não passará nem perto da maioria dos sufrágios necessários,
maioria esta que ela esnobou e desprezou.
Por outro lado temos o Aécio, uma força jovem comprometida com o que
existe de mais puro, integro, sólido e exequível. Forjado do mais puro aço das
alterosas, de onde se originam Tancredo e Juscelino, não traz consigo o
açodamento natural dos jovens, mas a tranquilidade do nosso matutar mineiro
antes de proferir qualquer palavra que venha gerar falsas expectativas. É
comprometido com todas as causas sociais em todas as suas magnitudes, e tem
arraigado dentro de si, o desejo inquestionável de dar o melhor para o seu
povo. Testado e aprovado em sua honradez e desprendimento, não nos restam
dúvidas de que o momento atual pertence ao Aécio. Pertence a nós. Pertence ao
Brasil.
Sou mineiro, mas vivo em São Paulo há muito tempo. Portanto, não
conhecia o Aécio. Apenas sabia ser ele neto de Tancredo, de ter sido um governador
probo do estado onde nasci deputado e senador de expressões robustas. Passei a
conhecê-lo ao saber de sua pretensão em se candidatar à Presidência da
República. Fiz o que todo e qualquer cidadão consciente deveria fazer:
mineiramente escarafunchei a sua vida desde o nascedouro até os dias atuais. Com
esse embasamento me vejo na condição favorável de afirmar aos que me leem há
mais de trinta anos que não tenham dúvidas de que as soluções para os problemas
do Brasil que se agravaram durante estes doze anos de PT exigem ações rápidas e
eficazes. Somente Aécio está preparado para toma-las. Aécio possui a lisura,
independência, vontade de fazer, coragem e, como falamos lá em Minas, cabelo no
peito para enfrentar com destemor ás forças contrárias as mudanças em favor do Brasil
e de sua gente. Aécio é humilde, comedido e pacificador e saberá conquistar com
sua peculiar simpatia, os homens de boa vontade e inteligência em prol do
Brasil. Conduzirá o seu povo por caminhos seguros, como fez Moisés no deserto,
rumo à terra prometida onde realmente jorra o leite e o mel. Por que, até aqui,
a nossa terra, graças aos seus vendilhões, só tem jorrado para nós o amargo sabor
do fel.
O resto é conversa mole do PT para nos enganar mais uma vez ou se
preferir: “tertúlias flácidas para
dormitar bovinos.”.
E tenho dito.
*O autor é Brasileiro, nasceu no Brejo das Almas e trabalha há 42 anos
em Engenharia.