SOBRE O BREJO DAS ALMAS - BOAS FESTAS
Enoque Alves Rodrigues
Durante este ano de 2011 fruí, quase que semanalmente, do privilégio de conviver com vocês, meus amigos e conterrâneos que muito me honraram com suas valiosas visitas aos meus blogs, ao MontesClaros.com e ao City-Brasil, que utilizo, regularmente, para divulgar Francisco Sá, ou Brejo das Almas, minha Cidade de nascimento. Sempre procurei deixar claro e definido o amor que nutro pelo Brejo e sua gente, mesmo sabendo que o Brejo não é nenhum Paraíso na Terra. Que o Brejo, assim como qualquer outra Cidade em fase de desenvolvimento, está exposto a todas e quaisquer mazelas sejam elas de ordem natural ou administrativa, predominando, evidentemente, a segunda. É muito fácil, bom e maravilhoso, -dirão alguns que possuem o vezo de achar que tudo está ruim mas que nada fazem para que as coisas melhorem e que sabem que de há muito não vivo no Brejo-, amar o inferno, se visto e observado de longe, ou de preferência, do Céu. A estes eu recomendo a seguinte frase:
“Não perguntem o que o Brejo pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pelo Brejo”, diria John Kennedy, certamente, se brejeiro fosse. Mesmo longe, procurei a vida inteira colaborar, ainda que singelamente, com a divulgação deste meu pequeno torrão.
Agora, com alvissareiras esperanças renovadas pela aproximação de mais um ano, que seguramente nada irá me acrescentar se eu não continuar indo à luta. Por ter sido durante toda a vida um osso duro de roer. Um duro na queda. Um sujeito de tutano que jamais fugiu do pau e das origens. Que, motivado, determinado e disposto vinte e quatro horas, levanta de madrugada todos os dias e, cantando, dirige-se ao trabalho, em busca de resultados enquanto muitos ainda dormem e reclamam da vida. Que mesmo nos momentos mais difíceis e espinhosos, com os pés doloridos e com a mente em frangalhos, mas sempre firme e com Deus à frente, foi à luta sorrindo enquanto muitos tombavam chorando sem sequer saírem do lugar. Que mesmo hoje, realizado, cultiva hábitos simples de um matuto brejeiro que conseguiu, galhardamente, que a vida lhe proporcionasse algum conforto. Que, bóia fria em infância, vendendo dias de trabalho nas muitas Fazendas do Brejo, comeu, com colher de pau, angu de fubá com molho de feijão de corda e quiabo na mesma gamela compartilhada com outros camaradas enquanto o suor do rosto respingava sobre aquele abençoado sustento. Que enquanto peão, dormia em porões de obras em construção, com cheiro de creolina, com a mesma fé, perseverança, coragem, e confiança de que dias melhores viriam. Finalmente, como profissional de sucesso, conquistou, com humildade, o respeito de muitos em todas as áreas por onde trafegou, trafega e milita. Que tem em seu diminuto rol de amigos, somente pessoas sinceras e leais, vinculadas ao bem comum e comprometidas até a medula com os mais puros, sólidos e elevados princípios morais da verdadeira ética e ilibada conduta, etc. Esse cara, do qual sou fã de carteirinha, que possui o RG de nº M-215.967 (sendo o “M” de Minas), de quem falo com muito orgulho, sem rodeios ou falsa modéstia, por incrível que possa lhes parecer, sou eu próprio. Estranho, não! Nem tanto. As referências que faço a minha pessoa não tem o sentido fútil do endeusamento fácil ou autopromoção gratuita e deselegante. Tenho plena consciência de minha pequenez e do quanto ainda tenho que evoluir no sentido de atingir a magnitude de um simples grãozinho de areia. A lisonja que endereço a mim, cuja história de vida conheço de cor e salteado e que hoje é de domínio público, tem apenas e tão somente a finalidade de afirmar que QUERER É PODER. Não importam as dificuldades que a vida coloca em nosso caminho. O que conta mesmo é a nossa capacidade, criatividade, determinação e vontade própria de transpô-las. Ninguém nasce, vive ou morre fraco. Todos nós, salvo aqueles que vieram cumprir missões específicas, nascemos em igualdade de condições, munidos de todas as nossas potencialidades as quais nos cabem estar sempre exercitando no sentido de que não se adormeçam, não se enferrujem e não nos transformem em parasitas. Ao Mestre do Madeiro, Governador Supremo do Orbe Terrestre, não foi dado nenhum milímetro de QI (Quociente de Inteligência) além do que nós, seus iguais, fomos dotados. Ele apenas os utilizava de maneira sábia e raciocinada. Nada mais que disso. Mesmo assim, quantos prodígios Ele operou. Esta minha mensagem, que a principio lhe pareceu estranha ou arrogante por me referir a mim, na primeira pessoa, na verdade, meu caro amigo, ela é todinha para você. Jamais pense em desistir de seus ideais. Não desperdice seu tempo “atirando por todos os lados”. Se ao invés de você ter mil projetos mirabolantes e inexeqüíveis em sua mente, tenha apenas um, desde que seja passível de execução. Pare e pense. Por mais simples que algum trabalho lhe pareça, não o inicie sem que antes trace uma meta estabelecendo inicio, meio e fim. Não estabeleça para você ou os outros prazos os quais não vão conseguir cumprir. Isso pode te levar ao descrédito. O homem tem que ter e honrar a palavra. Lute, mas lute com todas as suas forças. Não se deixe derrotar pela acomodação. O mundo, as oportunidades e os sucessos, pertencem aqueles que lutaram. Vá em frente. Não conduza sua vida olhando no retrovisor. Viva um dia de cada vez. Não tenha medo de nada. Não se preocupe em querer agradar a alguém. Seja natural. Não perca seu tempo com aquilo que não lhe vá dá retorno. Caso o critiquem, não responda com tergiversações. Seja objetivo. Vá direto ao ponto. Analise se as criticas são realmente fundadas e, caso positivo, faça sua correção e procure, independente do caráter de quem o criticou dar o verdadeiro “feedback” embasado-o na mais pura realidade. Procure não deixar nada sem resposta. Não mintas, jamais. Se você mentir uma vez será obrigado a mentir sempre. A mentira é o mais grave desvio de conduta do qual dificilmente o mentiroso consegue se livrar.
Ao finalizar esta minha “milionésima”, cansativa e redundante declaração de amor ao Brejo e ao meu povo. Por faltarem-me palavras mais apropriadas, o que seria, creio, compreensível por vocês que me toleram a tanto tempo, se se considerarmos que já estamos no final do ano, onde muitos neurônios tive que queimar para chegar até aqui e que somente a partir de hoje entro em férias para fazer a devida reposição de carga das já cansadas mas ainda recarregáveis baterias, lanço mão da seguinte estrofe de uma das milhares de pérolas do rei Roberto:
“Nunca se esqueça, nenhum segundo. Que eu tenho o amor, maior do Mundo. Como é grande, o meu amor, por você!”
Brejeiros, não chorem. Ano que vem tem mais bestagens. Eu voltareeeeeeeeei!
Feliz Natal e um Ano de 2012 repleto de amor, paz e muitas realizações na vida de todos vocês meus amigos e conterrâneos.
Inté!
Enoque Alves Rodrigues, brejeiro de nascimento e convicção, que atua na área de Engenharia, é Escritor com dois livros a serem lançados, (Liderança Conquistada e Brejo das Almas em Crônicas), Colunista, Historiador e divulgador voluntário de Francisco Sá, Brejo das Almas, Minas Gerais, Brasil. Visitem meu blog: Pra variar, é sobre Francisco Sá: http://enoquerodrigues-earodrigues.blogspot.com/ http://www.facebook.com/profile.php?v=info&edit_info=all&ref=nur